O Principal Motivo Que Faz Sua Vida Difícil
Por Leo Babauta
Uma viagem de mil milhas começa com um único passo.
– Lao Zi
Muitos de nós temos aspectos que gostaríamos de mudar em nossa vida difícil: fazer mais exercícios e nos alimentarmos melhor, procrastinar menos e ser mais produtivo, ter mais paciência e saber meditar, abandonar maus hábitos, possuir menos coisas e sermos melhores com nossas finanças, ler mais, aprender mais…
Mas muitas vezes ficamos longe de realizar tudo isso.
Qual é o problema? Por que temos tanta dificuldade com essas mudanças?
Há muitas razões, algumas delas externas, mas a principal razão que nos impede de mudar o que queremos mudar, que nos impede de realizar o que queremos realizar, é interna.
Sinto em lhe dizer, mas a principal razão que faz a nossa vida difícil: nós mesmos.
Como? Nossa forma de pensar é o problema. Veja se você se identifica com alguma das situações abaixo:
Acho que a maioria de nós faz alguma das opções acima em algum momento ou outro, muitas vezes sem mesmo estar ciente disso. Nós ficamos no meio do caminho, tornando a vida difícil mais do que ela realmente precisa ser.
Por que fazemos isso, se ao fazer apenas tornamos a vida difícil? Estes são velhos padrões, construídos ao longo dos anos, que são mecanismos de defesa para lidar com a dificuldade.
As razões pelas quais vamos para os padrões mencionados acima:
Então, surgem algumas incertezas: sobre nós mesmos, sobre como nós apenas prorrogamos o que há para ser feito, sobre como fazer, sobre se nós cumpriremos nossa meta.
Então, reagimos a esse incômodo sentimento de incerteza por ser reativo: por sermos críticos de nós mesmos, estressados, procrastinando e buscando distrações, racionalizando por que deveríamos desistir. Estes são velhos padrões de como lidamos com o desconforto da incerteza.
Não nos sentimentos bem ao tomar essas ações, mas é uma reação natural para os sentimentos assustadores da incerteza. Há mais conforto e certeza em nossas distrações, nossas fugas, nossa autocrítica, nossas histórias sobre não ser capaz de fazer isso ou aquilo.
Nós queremos fugir do desconforto da incerteza.
Nós nos sabotamos ao querer fugir desse desconforto da incerteza.
Abrindo espaço para nós mesmos
Então, como vamos parar de nos sabotar?
Saindo da nossa própria frente, abrindo espaço para nós mesmos.
Quando percebemos que estamos procrastinando, buscando distrações, sendo severos ou críticos, pensando em desistir ou estressando sobre não ser capaz de fazer algo, devemos fazer uma pausa. Apenas observe o que está fazendo.
Então pense em como estamos apenas tornando desnecessariamente a vida difícil. Podemos tornar as coisas mais fáceis ao não reagir à incerteza.
Em vez disso, observe o sentimento de incerteza em seu corpo. Veja que ele está lá e que você quer ficar longe dele ou obter o controle dele. Fique com ele e veja que é apenas um sentimento, nada para se entrar em pânico.
Ao praticar a consciência de ficar com o desconforto da incerteza, de senti-la em nós mesmos, podemos aprender a aceitá-la e superá-la.
Enquanto fazemos isso, podemos simplesmente voltar para o que temos que fazer e agir. Basta simplesmente estar presente e agir. Apenas agir.
Se estamos procrastinando com uma tarefa que envolve escrever um texto, podemos simplesmente parar de querer fugir e, em vez disso, permitir-nos sentir a incerteza. Em seguida, basta começar a escrever, sem se preocupar em fugir da incerteza.
Se estamos estressados sobre não cumprir uma meta ou expectativa, podemos observar que temos incertezas sobre esse objetivo, e apenas sentir. Em seguida, basta agir sobre o objetivo sem se preocupar com a expectativa.
Observe a incerteza e nosso desejo de correr. Fique com o sentimento, sinta-o, e não corra. Então aja, com gratidão e um sorriso.
Nós não temos que nos sabotar.